Charles Bukowski

Poema de Rain

A mão da punheta é a mesma da poesia.
ambas me levam ao gozo.
uma traz alivio a alma
a outra ao corpo.
todo poeta é um punheteiro nato.
quando não a si,
masturba
sentimentos,
ideias,
egos
de outros.
a porra de um poeta jorra em forma
de palavras.
tem gente que engole
e outras que cospem.

Por Rain

Poema de Walber Dias

Você já esta feio, a vida não te deu trégua

Nós nascemos; crianças
puros e ingênuos.

todos nos olham, nos
cuidam.
pequenos e adoráveis.

estou crescendo; já não mais tão
puro e ingenuo.

grandes responsabilidades; crescido.
você já esta feio, a vida não te deu trégua.

cansado cansado cansado.

não é como antes
mais.

você abre mão 
de sonhos.
de vida.

não confia tanto em
pessoas e palavras.
por eles já não mais serem
puros e ingênuos.

giramos a roleta e lá estão eles
e elas.
os pequenos.
nascendo; crianças.

Por Walber Dias

Charles Bukowski no livro As pessoas parecem flores finalmente

Charles Bukowski no livro As pessoas parecem flores finalmente

As pessoas parecem flores finalmente

Charles Bukowski

Charles Bukowski

O amor é um cão dos diabos

Léo Ottesen

O poeta é um prisioneiro da liberdade

alimenta-se da rotina

das pessoas

e de coisa boa

escreve sobre tudo

nem sempre verdade

e fala de si mesmo na terceira pessoa.

-Léo Ottesen                                                

Paulo Leminski - Sem Titulo

Sem Titulo

Eu tão isósceles
Você ângulo
Hipóteses
Sobre o meu tesão

                                                   Teses sínteses
                                                   Antíteses
                                                   Vê bem onde pises
                                                   Pode ser meu coração.

Por Paulo Leminski

Charles Bukowski

Charles Bukowski e seu pai. (Trecho do poema Bluebird)

Miguel Esteves Cardoso

O amor é fodido

Miguel Esteves Cardoso no livro O amor é fodido

Miguel Esteves Cardoso no livro O amor é fodido

O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido.
É melhor do que morrer. Há coisas, como o álcool e os livros, que continuam boas. A morte é mais aborrecida.
Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos.

Miguel Esteves Cardoso

Miguel Esteves Cardoso no livro O amor é fodido